quarta-feira, 13 de julho de 2011

Se virar nó, deixa de ser laço!

Meu Deus, como é engraçado.
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço. Uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não se embola. Vira, revira, circula e pronto... está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando, devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nenhum pedaço.

Ah! Então, é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita, enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livres as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.

Então, o amor e a amizade são isso. Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Mário Quintana

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